terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

MANIFESTAÇÃO POPULAR EM MAPUTO

Os citadinos maputentes estão agastados e desesperados com a elevação persistente do custo de vida na Capital moçambicana. Em menos de duas semanas contadas desde o início da 2ª quinzena de Janeiro registou-se o agravamento sucessivo dos preços do pão, combustíveis e recentemente da tarifa dos transportes públicos urbanos. Com efeito, uma parte representativa de populares decidiu encetar barricadas nas principais vias e rotas de circulação destes meios de transportes para manifestar a sua revolta contra esta decisão do agravamento da tarifa dos transportes públicos, gerada através de uma negociação e concertação entre o sector governativo de tutela e os operadores de transportes públicos. Refira-se que a nova tarifa de transporte semi-colectivos entrou hoje (05 de Fevereiro de 2008) em vigor. Por um lado, estabelece o preço de 7,50 MT contra os anteriores 5,00MT por passageiro a uma distância inferior ou igual a 5km; Por outro, o preço de 10,00 MT contra os anteriores 7,50 MT por passageiro a uma distância superior a 9km. Igualmente foi agravada a tarifa dos Transportes Públicos de Maputo passando de 4,50 MT para 5,00MT por passageiro. É preciso realçar que os transportes semi-colectivos constituem o principal e indispensável meio de transporte da esmagadora maioria dos citadinos maputenses independemente do seu status social, cultural e económico.
Enfim, era previsível esta reacção avaliando a partir dos relatos populares que se vão testemunhando por ali e acolá, que em uníssono descortinam o repúdio e descontentamento categórico dos citadinos por esta tendência desenfreada de subida geral dos preços que dilacera e encarrece vertiginosamente a vida dos munícipes.
Fica o registo desta ocorrência e aguardemos para que em tempo útil e real possamos radiografar os contornos desta manifestação popular de forma mais circunstanciada e minuciosa.
Neste contexto, vai o apelo cívico e patriótico para que não se enverede pela vitimização de vidas humanas e vandalização de infra-estruturas socioeconómicas.